quinta-feira, 14 de junho de 2012

CONFIE



Confie em si mesma! Frase que uma amiga me disse e eu aceitei com o coração tão aberto que todas as preocupações na minha gestação passaram a ser vistas de forma diferente.
Grávida é um bicho preocupado! Pelo menos eu mudei completamente desde o momento que descobri a gravidez. Entrei uma pessoas no consultório médico e saí outra, resolvi comer coisas saudáveis, não beber, não deixar ninguém fumar perto de mim, afastar pessoas que não contribuíam em nada para o meu engrandecimento como pessoa, como mãe... A parte ruim é que desde que descobri a gravidez não consegui mais trabalho, e como estudante, bolsista de pequisa que não tem direito a nada nesse país, meu marido teve que segurar as pontas, ou melhor, as contas. Isso se uniu aos hormônios e comecei a me sentir inútil, mas como odeio gente que tem pena de si mesmo, resolvi sacudir a poeira e pesquisar sobre o que era mais importante agora: a gestação. Passei a gostar tanto que comecei a cogitar a possibilidade de fazer medicina, mas isso é outro assunto... voltando para o CONFIE EM SI MESMA.
Com 23 semanas de gestação, decidida a agarrar a oportunidade de doutorado fora do Brasil, resolvi aceitar a iniciar o trabalho de campo. Nossa, foi uma viagem extremamente cansativa, com poucos recursos e resultados desastrosos: mágoas, indisposição e início de trabalho de parto prematuro! Isso foi o bastante pra minha ficha cair.
3 dias do retorno da viagem comecei a sentir uma dorzinha nas costas que aumentaram em segundos, na hora percebi que não era normal, já havia lido sobre isso em algumas matérias sobre trabalho de parto, mas foi o tempo de perceber que a dor não era normal que a primeira contração dolorida se apresenta, não aquela contração de treinamento que provoca mal estar, mas uma contração tão dolorosa que não pude evitar alguns gritos e lágrimas de desespero. Lembro que eu rezei chorando dizendo: Deus, não deixa eu perder meu filho! Lembro que tive mais 2 contrações como essa antes de ir para o hospital. Quando lá cheguei, fiz exames, toque, USG e etc... resultado: 2cm de dilatação, contrações e infecção urinária.
Pronto! Pensei que toda felicidade poderia acabar, que meu filho não sobreviveria e que eu não suportaria ficar sem ele e coisas que toda mãe pode pensar nessa situação. O médico me deu alguns medicamentos, receitou dactil e repouso absoluto, tudo certo, porém, meu estado psicológico estava abalado. Eu não conseguia pensar em outra coisa, vivia triste, preocupada, me sentindo menos mulher... e pra piorar, cólicas todos os dias, contrações indolores, dor de cabeça, fiquei me acabando, chorava...
Ai, conversando com uma amiga ela disse: "Tome as rédias da situação! Confie em si mesma, no seu corpo, no seu filho! Pense positivo que coisas positivas virão!" Foi o que resolvi fazer! Com 30 semanas resolvi parar de tomar o remédio, comecei uma dieta com bastante frutas, sucos, vitaminas; exercícios para relaxar corpo e mente; fazer poucas tarefas e com muita calma; cozinha com muito amor como se fosse uma terapia; converso muito com meu bebê, peço pra ele segurar mais um pouquinho, aproveitar o conforto da barriguinha da mamãe, e deixo claro que se ele quiser vir que venha a hora que achar melhor, na hora que se sentir preparado, pois nós estamos aguardando por ele, ele será bem vindo!
É incrível como a gente preparando a mente o corpo também se prepara. Estou com um pouco mais de 1 mês sem tomar nenhum tipo de medicação, meu bebê está caminhando para 35 semanas, reta final, está super saudável, com 2.600kg e sabe que é amado!
Mamães, não estou dizendo pra não tomarem medicamentos e deixar de seguir as recomendações médicas, muito pelo contrário! É necessário informação e confiança, é necessário trabalhar a cabeça e o corpo, pois isso ajudar a mãe a sentir-se mais feliz, com toda certeza o bebê nascerá mais sereno, calmo e relaxado. Além disso, uma mãe feliz e equilibrada durante a gestação tem menores chances de desenvolver problemas após o parto, principalmente, depressão.
Então, CONFIE EM SI MESMA!

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