segunda-feira, 26 de novembro de 2012

19 maneiras de criar seu filho para o mundo

Texto retirdo da Revista CRESCER. Vale a pena!

"Mostrar às crianças a importância de respeitar o próximo, do afeto, da simplicidade, dos amigos, do cuidado com a natureza, da arte, de ser curioso e do amor são formas de ajudá-las a ser mais feliz e preparadas para a vida.

*Livre para brincar Comece desde bebê. Deixe-o se divertir sozinho também. Sem agenda, sem horários, sem referências. Ele vai aprender com os próprios erros, exercitar o autocontrole, treinar a fala e desenvolver argumentos. 

*Aprenda a criticar Nunca diga a seu filho que o segundo lugar não é bom o bastante. Você não tem que desejar e exigir que ele seja o melhor de todos. Ele pode e vai errar. Pergunte ao seu filho: “O que você faria diferente na próxima vez?”. Elogie quando ele fizer do jeito certo. 

*Ensine responsabilidade Não administre a vida do seu filho o tempo todo. Se ele esqueceu um caderno da escola em casa, por exemplo, não retorne. Ele precisa entender que tudo tem consequência. 

* Observe-se Para seu filho, você é o espelho do mundo. Preste atenção se no seu dia a dia, em casa ou até mesmo na rua, não está estimulando algum tipo de preconceito com pessoas que são diferentes da sua família. 

*De olho nos pequenos sinais Seu filho pode não estar praticando bullying, mas comentários ácidos ou observações preconceituosas podem surgir a qualquer momento. Esteja atento para que você possa conversar com ele na mesma hora. 

*Incentive pequenas gentilezas Cumprimentar o porteiro do prédio ou da escola, sorrir para o caixa do supermercado e dar passagem no trânsito são exemplos fundamentais de respeito ao próximo. 

*Experimentem Deixe que seu filho viva a experiência artística sem querer interpretar tudo para ele. 

*Dê repertório ao seu filho. Ilustrações dos livros Literatura infantil é um instrumento incrível para isso. As boas obras mostram a arte de usar bem as palavras e como elas nos emocionam. Já as ilustrações dão referências estéticas. 

* Compartilhe Tenha um diálogo aberto com o seu filho, traduzindo a realidade de maneira que possa entender de acordo com a idade dele. Se você chegou cansado do trabalho depois de um dia estressante e ele pede para brincar, conte que seu dia não foi fácil, mas que estará mais animado no dia seguinte 

* Herança de família Estimule seu filho a cuidar das roupas e brinquedos e explique o quanto é legal herdar coisas de outras pessoas. 

* Momentos únicos Chame a atenção do seu filho para um arco-íris depois da chuva. Invente jogos ou brincadeiras que são só de vocês: vale compartilhar músicas que vocês gostam, dançar no meio da cozinha ou promover contações de histórias no sofá da sala.

*Ação e reação Explique que as atitudes do seu filho têm um resultado. Se ele morder um colega, por exemplo, mostre que o outro sentiu dor e está chorando. 

* Casa cheia Se tiver filho único, convide amigos da escola, vizinhos ou primos para eu passem um tempo juntos. Os neurônios funcionam como “espelhos” e as crianças aprendem por imitação. 

*Seja inusitado para estimular a curiosidade do seu filho Sempre que puder, apresente um local diferente do que estão acostumados a frequentar. Pode ser um restaurante novo, um museu de arte moderna... 

*Deixe-o cometer erros Se você antecipa a todas as escolhas do seu filho, e não permite que ele erre, a criança não vai aprender a lidar com a frustração. E não vivemos altos e baixos a vida toda? 

*Estimule a coragem Se ele está com dificuldade em uma tarefa da escola, diga “estou orgulhoso, você está no caminho certo”, em vez de “não, não é assim, deixa que eu faço”. 

*Fique junto Sua presença é fundamental para a criança se sentir amada. A troca da fralda, a hora do banho, da lição de casa, ir de mãos dadas até a padaria são momentos especiais para ela. 
* Seja firme Na hora do limite, mantenha a sua palavra. As crianças sentem que os pais se importam ainda mais com elas quando há a persistência no cuidado. 

*Surpreenda Mostre como o amor pode ser explícito de forma simples e não por isso é menos intenso. Deixe um bilhetinho dentro da lancheira da escola. Imagine a carinha dele na hora do recreio ao ler o que escreveu?"

Muito bom, não é?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quarto Montessoriano


Este post é muito especial, trata do quarto Montessoriano, ou simplesmente, quarto sem berço e eu estou apaixonada pelo tema.
Para começar o método montessoriano foi criado pela italiana Maria Montessori e prima pela experiência, liberdade de aprendizagem, harmonia e inteligência. Segundo o método, o quarto deve ser agradável para o bebê de maneira a adaptar-se ao seu desenvolvimento. No berço o bebê estaria limitado para se "aventurar" tentar engatinhar, brincar, conhecer... e com o colchão no chão, assim como as prateleiras acessíveis, a criança poderia curtir e conhecer seu quarto, aprendendo através da sua experiência de descer do colchão e sentir liberdade para brincar com o que é seu, sem depender, necessariamente, dos pais para lhe tirar do berço. Let's go!



É importante ter em mente que o quarto deve refletir a personalidade do seu filho. Se ele tem um personagem preferido, este pode ser adotado nas paredes, através de pinturas, adesivos e etc... o método também revê a presença de uma cadeirinha e mesinha, tudo pensado para a criança.


Ao invés do colchão você pode simplesmente adotar uma caminha mais baixa (se o seu bebê já andar bem).


Eu penso em adotar esta ideia para o quarto do meu filho, uma cabaninha para brincar é ótimo!


De acordo com o método Montessoriano, um tapete no quarto é fundamental para o desenvolvimento do bebê, pois ele terá mais liberdade para se exercitar, rolar engatinhar, sem grandes riscos de se machucar.


Ao invés do carpete, você pode usar tatame, daí já fica para os exercícios futuros de artes marciais ; )


Você também pode mandar fazer uma caminha de madeira, porém, sem os pés.


E com bastante elementos para descobrir...


Prateleiras ao alcance do bebê.


Me apaixonei por essa luminária.


e espelhos, para que a criança possa se olhar e se conhecer...

Estou adotando o método montessoriano no quarto do meu príncipe, depois posto um antes e depois.


domingo, 18 de novembro de 2012

As separações e a crise dos oito meses


Dimitri ainda não chegou nessa fase, estamos no quarto mês. Mas lendo a página Soluções para noites sem choro do facebook, encontrei essa matéria super interessante e importante.


Quando o bebê chega aos seis-oito meses de idade, começa a operar a angústia da separação que, geralmente, continua a se manifestar de uma forma ou outra até os cinco anos. Em breve o bebê começa a sentir pânico quando não vê sua mãe. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. A mãe é o seu mundo, é tudo para o bebê, representa sua segurança.


Um pouco de compreensão

O bebê não está “chatinho” nem “grudento”. O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe e, se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver. O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema e, como adultos, aprendemos a controlá-lo com distrações cognitivas.

Se você não está, como ele sabe que você não foi embora para sempre?

Você não pode explicar que vai voltar logo, porque os centros verbais do seu cérebro ainda não funcionam. Quando ele aprender a engatinhar, deixe-o segui-la por todas as partes. Sim, até ao banheiro.

Livrar-se dele ou deixá-lo no cercadinho não só é muito cruel, também pode produzir efeitos adversos permanentes. Ele pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro.
Isso pode resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso. Pouco a pouco, ele vai sentir-se mais seguro da sua presença na casa, principalmente quando comece a falar.


A separação aflige as crianças tanto quanto a dor física

Quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, tristemente, é isso o que fazem muitos pais. Não conseguem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.


Às vezes, impulsamos nossos filhos a ser independentes antes do tempo

Nossas decisões como padres podem empurrar nossos filhos a uma separação prematura. Um exemplo seria enviá-los a um internato (1) pequenos demais. As crianças de oito anos ainda podem ser hipersensíveis à angústia da separação e ter muita dificuldade em passar longos períodos de tempo longe dos seus pais. Sua dor emocional deve ser levada a sério. O Sistema GABA do cérebro é sensível âs mais sensíveis mudanças do seu entorno, como a separação de seus pais. Estudos relacionam a separação a pouca idade com alterações desse sistema anti-ansiedade.


As separações de curto prazo são prejudiciais

Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo HPA do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta. É muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro. Os estudos com mamíferos superiores revelam que os bebês separados de suas mães deixam de chorar para entrar num estado depressivo.

Param de brincar com os amigos e ignoram os objetos do quarto. À hora de dormir há mais choro e agitação. Se a separação continuava, o estado de auto-absorção do filho se agravava e lhe conduzia à letargia e a uma depressão mais profunda.

Pesquisas realizadas nos anos setenta demonstraram que alguns bebês cuidados por pessoas desconhecidas durante vários dias entravam em um estado de luto sofriam de um trauma que continuava a afligir-lhes anos depois. Os bebês estudados estavam sob os cuidados de adultos bem intencionados ou em creches residenciais durante alguns dias. Seus pais iam visitá-los, mas basicamente, estavam em mãos de adultos que eles não conheciam.

Um menino que se viu separado de sua mãe durante onze dias deixou de comer, chorava sem parar e se jogava ao chão desesperado. Passados seis anos, ele ainda estava ressentido com sua mãe. Os pesquisadores observaram a inúmeras crianças que haviam sido separadas de seus pais durante vários dias e se encontravam em estado de ansiedade permanente. Muitos passavam horas imóveis, olhando a porta pela qual havia saído sua mãe. Aquele estudo, em grande parte gravado em filme, mudou no mundo inteiro a atitude em relação às crianças que visitam suas mães no hospital.

Mas, não é bom o estresse?

Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”. O que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos.

[1]Nota da tradutora: no Reino Unido o sistema de internato é comum.

Tradução de um capítulo do trecho O Choro e As Separações, do livro The Science of Parenting, de Margot Sunderland.

Tradução de Bel Kock-Allaman

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Apego

Tenho ficado assustada com a quantidade de comentários, movimentos, livros e palestras que tratam a "independência infantil". Li em vários grupos de debates e blogs mamães falando com orgulho que nunca dormiram com seus filhos, evitavam lhe dar colo para que ele não se acostumasse mal e o pior de tudo, deixavam-no chorando para que aprendesse a dormir sozinho. Gente, que horror!
Já pararam para imaginar como deve ser traumático para um bebê que saiu da barriga da mamãe, um lugar escurinho, quentinho e seguro, e vai parar em um bercinho de hospital, sendo carregado apenas nos momentos da amamentação? Gente, eu li uma mãe relatar isso com todo orgulho, ainda dizendo que sua família foi super contra.
Depois me enviaram o link para ler o "Nana nenen", achei interessante a parte da alimentação, a importância da rotina, mas quando comecei a ler a parte de como acostumar o seu filho a dormir sozinho, confesso que fiquei tão triste que senti uma revolta profunda. O livro diz que o bebê que precisa aprender a dormir sozinho deve ficar em seu quarto, no berço... e se chorar para mãe aguardar  alguns minutos, ir vê-lo e depois sair novamente e assim repetir o processo, até que, por cansaço, a criança durma. Imaginem a sensação de abandono, a tortura e coisas ruins que sentem essa criança...
Sigo duas premissas que considero super importantes: Educar exige paciência e dar carinho exige vontade!
Mãe sempre será mãe, boa ou ruim, carinhosa ou fria... sempre será mãe! Seu filho, embora seja seu filho para sempre, só passará pela infância uma vez, assim como pela adolescência, juventude até que chegue à maturidade, mas até que isso aconteça, sabemos que essas fases de transição a gente nunca esquece. Infância e juventude são as fases das descobertas, do encantamento... e seria muito bom ter um amigo de verdade por perto, o ombro amigo, o porto seguro e isso é papel dos pais! Agora eu me pergunto, como se tornar melhor amigo tendo como base uma relação fria? Uma relação entre um filho criado pela babá e educado na creche desde os primeiros meses e os pais que não têm tempo para brincar, conversar, ser amigo, ser pais...
Hoje é muito difícil a mãe permanecer em casa nos dois primeiros anos do filho, por várias questões, principalmente a financeira. Mas isso não a impede de ter "apego" ao seu filho, de acarinhá-lo, fazê-lo dormir contando-lhe uma história e lhe acariciando os cabelos, de carregá-lo no colo, de dizer a ele o quanto é amado e coisas do tipo. 
O mundo está frio, as pessoas estão frias, criminosos cada vez mais jovens, filhos revoltando-se contra pais e a vida do outro que já não vale muita coisa... dá medo sair de casa, dá medo deixar o filho crescer em um mundo como esse... esta sensação de pânico tem feito com que as pessoas repensem seus sistemas educacionais, seus posicionamentos, suas relações, e nesse contexto tem crescido o movido pela "criação com apego" que busca em pesquisas empíricas e bases científicas explicações que demonstram que crianças criadas com carinho, que têm colo, que dormem com os pais, que tem muito contato físico são crianças mais felizes, saudáveis, inteligentes e obedientes.
Deixem seus filhos crescerem naturalmente, cada coisa a seu tempo! Bebes não têm manias, eles têm necessidades. Aproveitem cada etapa de suas vidas, aproveitem a mama da madrugada para contemplar seu filho tão pequeno, tão puro em seus braços.
Dar carinho não é mimar, mas sim, criar um ser humano seguro e feliz!


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Introdução de Sólidos – por Dr. González

Introduzir ou não introduzir outros alimentos antes do seis meses de vida? Bem, isso tem gerado inúmeras discussões nos grupos que participo e o que tenho percebido é que apesar das orientações da Organização Mundial da Saúde de amamentar exclusivamente no peito até os seis meses de vida, ainda há muitas mães com dificuldades em manter o bebê exclusivamente no peito até o 6º mês de vida, isso por inúmeros fatores, sendo o principal, a necessidade de voltar ao mercado de trabalho, obrigando-a a deixar o filho em casa ou em uma creche.
Mas pesquisando sobre a introdução de outros alimentos, encontrei esse texto do Dr. Calos Gonzáles, quem eu admiro muito, espero que gostem.

"Os conflitos entre a mãe o filho durante a amamentação ou uso de mamadeiras podem ser terríveis, mas ainda bem que são pouco frequentes  A introdução de alimentos sólidos é uma oportunidade nova de perigo e devemos trilhar este caminho com cuidado.

Para esclarecer, quando mencionamos “sólidos”, não nos referimos apenas aos alimentos oferecidos ao bebê com uma colher. Usaremos o termo para referir-se a qualquer comida além de leite humano ou leite modificado, mesmo água, chá ou comidas duras como biscoito.


Muitas mães encontram-se sobrecarregadas de informação a respeito de regras, grandes, pequenas e médias envolvendo alimentação de bebes  Elas recebem conselhos de pediatras e enfermeiros  algumas informações muito mais complexas e detalhadas que aquelas dadas pelos especialistas famosos, palpites de família e amigos, bem como as “conversas de comadre” que alertam sobre evitar comidas “reimosas” ou “incompatíveis”.

Incapaz de seguir todas as regras ao mesmo tempo, muitas vezes a mãe opta por rejeitar todas e fazer somente aquilo que ela quer. O risco é de que ela ignore as recomendações realmente importantes. Para evitar tal problema, vou diferenciar claramente entre as opções onde há um grau de consenso em relação à sua importância (baseadas numa combinação de normas internacionais) e aquelas sugestões que parecem úteis, embora outros profissionais possam ter opções diferentes.

Pontos Importantes

Tenha em mente os seguintes pontos, embora eles não devam ser tomados como dogma:

1. Nunca force uma criança a comer.
2. Amamente exclusivamente até 6 meses (sem papinhas, suco, água, chás, etc.).
3. Aos 6 meses, comece (sem forçar) a oferecer outros alimentos, sempre depois da mamada ao seio. Bebes não amamentados devem tomar 500ml de leite artificial por dia.
4. Introduza os alimentos um de cada vez, esperando uma semana entre comidas novas. Comece com quantidades pequenas.
5. Ofereça alimentos que contêm glúten (trigo, aveia, centeio) com precaução.
6. Quando cozinhar para o bebê, escorra bastante o alimento, evitando encher a barriga dele com água.
7. Espere até 12 meses de idade para introduzir alimentos altamente alergênicos (especialmente laticínios, clara de ovo, peixe, soja, amendoim e muitas outras comidas que já causam alergia em membros da família).
8. Não acrescente sal ou açúcar aos alimentos.
9. Continue amamentando por 2 anos ou mais.

Em algumas situações pode-se introduzir sólidos antes de 6 meses (mas nunca antes de 4): quando a mãe trabalha, por exemplo. Ou quando a criança claramente pede para ser alimentada agarrando o alimento e colocando-o na boca sozinha.

“Oferecer” significa que, se ele quiser comer, o bebê come, mas se não quiser, não come. Muitas crianças recusam tudo menos o seio até 8 ou 10 meses, muitas vezes mais.

Alimentos sólidos são oferecidos depois da amamentação, não antes, e certamente não em substituição à amamentação. Somente assim você tem certeza de que seu bebê tomará o leite de que precisa. Acredita-se que entre 6-12 meses, o bebê precise de cerca de 500 ml de leite por dia. Claro que isso é uma média, muitos tomam mais e outros ficam bem com menos. Uma criança que toma mamadeira pode facilmente ficar bem com 2 mamadeiras de 250 ml ao dia. Não é razoável, porém, esperar que um bebê amamentado tome 250 ml a cada 12 horas; os seios da mãe ficariam desconfortavelmente cheios. Faz mais sentido para bebês amamentados tomar 100 ml cinco vezes por dia, ou 70 ml sete vezes por dia. Certamente você não sabe (ou não sabia antes de iniciar os sólidos) quanto leite seu bebê mama; mas se ele é amamentado antes da oferta de sólidos, você fica tranqüila sabendo que ele mama o que precisa.

Que comidas devo oferecer primeiro?
Não importa. Não há base científica que suporte a recomendação de um alimento antes de outro. Se você oferecer frutas primeiro, seguidas por cereal, depois frango, você estará seguindo as orientações da ESPGAN (Sociedade Européia de Gastroenterologia e Nutrição Pediátricas). Mas se você der frango, depois legumes e cereais por último, também estará dentro das normas.

Digamos que você decida começar com banana amassada. Depois da amamentação, ofereça ao bebê uma ou duas colheres. No primeiro dia é sempre melhor oferecer só um pouquinho, ainda que ele aceite bem. Se ele recusar a primeira colherada, não insista, mas continue oferecendo a cada um ou dois dias. Se ele aceitar bem, você pode aumentar a quantidade a cada dia. Depois de uma semana, você pode tentar outro alimento, como batata doce ou abacate. Na semana seguinte, pode oferecer um pouquinho de arroz. Cozinhe arroz (melhor ainda, cozinhe até virar papa), sem adicionar sal. Você pode adicionar azeite (ficará mais saboroso e terá mais calorias).

Esta ordem é só um exemplo, você pode inverter, se quiser. Claro, se alguma das comidas causar diarréia ou outros sintomas, ou se o bebê rejeita veementemente, é melhor esperar algumas semanas. Se uma reação mais severa é observada, como uma vermelhidão na pele, consulte o pediatra.

Também não é necessário introduzir uma comida nova a cada semana. Variedade significa um pouco de cereais, um pouco de legumes, um pouco de frutas – mas não é vital que o bebê coma muito de cada grupo. Maçãs não possuem nada diferente das peras e a maioria dos adultos vive bem comendo apenas dois tipos de ceral: arroz e trigo, deixando o resto para o gado. Se seu filho já come frango, você não estará acrescentando nada ao oferecer novilha. Antes de 1 ano, a introdução de muitos alimentos diferentes somente significa comprar mais bilhetes para a loteria da alergia.

A razão principal de oferecer outros alimentos ao bebê com 6 meses (e não depois) é que alguns bebês precisam de ferro extra. Portanto, seria lógico que comidas ricas em ferro fossem introduzidas primeiro. Por um lado, há carnes com alto teor de ferro orgânico altamente biodisponível. Por outro, há legumes, leguminosas e cereais que contêm ferro inorgânico, mais difícil de ser absorvido a menos que esteja combinado com vitamina C. É por isso que muitos adultos comem a salada primeiro (rica em vitamina C), depois os grãos e legumes, com a sobremesa por último. O que é comumente feito com bebês na Espanha não é uma idéia muito boa, oferecendo a eles somente grãos numa refeição, legumes na outra e fruta na próxima. Quando seu bebê ingere muitos alimentos, é uma boa idéia combiná-los , oferecendo-os numa mesma refeição (não batendo todos juntos no liqüidificador) ao invés de fazer menus monocromáticos (“hora do cereal”).

E se ele não quer comer comida de bebê?
Não se preocupe, isso é totalmente normal. Não tente forçá-lo. Você talvez tenha sido aconselhada a oferecer sólidos antes do peito, assim ele estará com fome suficiente para comer. Isso não faz o menor sentido, uma vez que o leite materno nutre muito mais que qualquer outro alimento. É por esta razão que usamos o termo “alimentação complementar”. Sólidos não são nada mais que um complemento ao leite materno. Se seu bebê mama e depois rejeita frutas, nada acontece; mas se ele aceita fruta e depois não mama, ele sai perdendo. Mais fruta e menos leite é uma receita para perda de peso.

O mesmo vale para leite artificial. Lembre-se de que se você não está amamentando, você precisa dar ao bebê meio litro de leite diariamente até que ele tenha 1 ano de idade. Não é bom negar o leite para que ele coma mais."

Do livro My Child Won't Eat, Dr. Carlos González.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Evitando a fadiga =)


Ser mãe é uma maravilha! Mas é cansativo! E se a gente não se concentrar para manter o controle, a gente simplesmente pira!
A maternidade é uma vida nova que assusta e faz feliz. Nós últimos momentos de gravidez a gente não vê a hora de ter o bebê nos braços, ver seu rostinho e curtir o momento. Mas após o parto: a crise! O que fazer?
Com o tempo as coisas vão se arrumando, mãe e bebê passam a se conhecer, se entender e se amar mutuamente, mas o tempo da mamãe se torna mínimo para cuidar das suas próprias coisas.
Tenho acompanhado nos fóruns que participo, o desespero de algumas mães que não conseguem fazer nada, nem arrumar a casa, fazer comida e algumas vezes, nem tomar banho e por essa razão, a mãe fica uma pilha, se entristece, se aborrece, briga, chora e apesar de toda felicidade em ter seu bebê, o cansaço lhe tira do sério.
Eu passei muito por isso, na verdade ainda passo. Mas resolvi tomar algumas medidas que tem ajudado bastante.
1º. Não guarde os seus sentimentos. Se está cansada e triste, converse com alguém.
2º. Peça ajuda. Quem já passou por isso sabe o quanto é difícil e vai fazer o possível ara lhe ajudar.
3º. Dê uma voltinha sempre que possível, mesmo que seja para ir comprar pão na esquina.
4º. Não tente fazer tudo de uma vez, pois além de você não conseguir fazer nada, ainda vai se sentir frustrada e aborrecida.
5º. A hora do bebê é a hora do bebê! Quando o bebê quiser brincar, conversar, interagir... dê atenção a ele. Ao invés de ficar adiando o carinho ou a brincadeira, o melhor é brincar bastante, um tempinho depois ele vai ficar cansado, ai você pode niná-lo até que ele durma. Daí você terá tempo para fazer o resto das coisas. E o melhor, você terá dado atenção ao seu filho e poderá se concentrar nas outras atividades.

"Keep calm and carry on"!

domingo, 30 de setembro de 2012

De volta ao trabalho!


Dói! Dói muito deixar o bebê em casa! A sensação de culpa é inevitável. Surgem tantas questões e a gente percebe o quanto é apaixonada, mais do que se pensava!
Eu precisei voltar ao trabalho uma semana antes do Dimitri completar dois meses. Voltei por necessidade e por entender que além de precisar amar, o bebê precisa morar, vestir, ter plano de saúde, brinquedos, fraldas, produtos de higiene e etc e etc...
Doeu mais do que eu imaginava, mas aos poucos a gente vai se ajeitando, cada dia é menos pior que o dia anterior. Pra mim não foi tão difícil porque não precisei ficar parece louca atrás de uma babá de confiança (muito importante!), pois, minha mãe resolveu ficar (o que ela mais queria na vida!). Além disso, meu marido também fica em casa pela parte da manhã (o que controla os mimos da avó). Maaaaas, mãe é mãe!
Hoje em dia a maioria das mães precisam deixar suas crias em casa e saem para trabalhar, aliás, por essa razão tantos livros têm sido escritos para tentar ajudar as mães a criarem filhos mais independentes, já pensando nisso (assunto para outro post!). Por essa razão, resolvi compartilhar meus sentimentos na primeira semana de trabalho.

1º dia - O pior de todos
Lágrimas nos olhos. Juro que pensei em desistir, em voltar atrás e a todo momento eu pensava: isso não é justo com nenhuma mãe! Mas segui ir em frente! Ficava olhando a foto do Dimitri no celular e tentava controlar a vontade de chorar. Cheguei no trabalho com aquela sensação de primeiro dia na escola: vontade de ir pra casa! O chefe, muito compreensivo, com dois filhos para criar e mulher grávida novamente, resolveu permitir que eu só trabalhe meio expediente, por enquanto! Por essa razão, só liguei para casa 3 vezes durante a manhã.

2º dia - tentando me adaptar
É impossível não ter a sensação de que está se perdendo muitas coisas: sorrisos, carinho, choros, fraldas e tudo que vale a pena vivenciar!  Liguei pra casa apenas duas vezes e com as mesmas perguntas: ele está acordado? Dormiu bem? Mamou? Chorou? Brincou? Vou tentar sair cedo, chegar rápido, estar logo aí... dói muito, mas aos poucos a gente vai se readaptando

3º dia - tentando me concentrar
Nossa! Dá um ciúme horrível deixar alguém em casa cuidando do nosso bebê. Chegar em casa e ouvir as gracinhas dele contadas por outra pessoa é horrível, mesmo que essa pessoas seja a avó. Isso me fez confirmar que não importa quem fique com o seu filho, se é o pai, a avó ou uma tia... mãe é mãe.  Mas, apesar de tudo, tentei me concentrar no trabalho, lembrar que os filhos crescem e precisam de roupas novas.

4º dia - rezando para a semana acabar
E aos poucos a rotina nos vai dando segurança. Já consegui me focar mais no trabalho e tentar produzir o máximo possível em menos tempo. A dor no coração continua, mas aos poucos a gente se ajeita, a gente suporta.

5º dia - enfim, a semana acabou
Pareceu uma eternidade, mas passou. a sensação que ficou é a de dever cumprido. Sim! Aquela culpa de mãe, de ter que deixar o filho em casa e trabalhar vai dando lugar a uma sensação de segurança e orgulho. Orgulho de dar conta do recado. Pois, isso que é importante: continuar com a vida de antes, porém com o sentimento de plenitude que só a maternidade nos dá.

Para mim pode ter sido um pouco mais fácil por ter minha mãe por perto e ela cuidar do bebê enquanto eu saio para o trabalho, porém, nem todas têm essa sorte, por isso, destaco alguns pontos que considero importante para as mamães que irão passar por isso:

1. Quem vai ficar com o bebê.
Creio que isso é o mais importante. Se a você não confiar em quem vai ficar em casa, não adianta sair, pois você não vai conseguir fazer nada direito. Se você não conseguir alguém com disponibilidade dentro da sua própria família, é bom pedir indicações de pessoas de confiança e ainda assim pedir contatos de trabalhos anteriores. Outra opção é procurar agências que trabalhem com essas profissionais e, muito importante, converse bem sobre a forma como quer que seu filho seja cuidado e informe-se sobre os direitos trabalhistas.

2. Se o bebê só mama, tente organizar desde já os horários da mamada, pois, se você conseguir parar em casa  na hora do almoço, você pode amamentá-lo, claro, ainda assim será necessário tirar o leite para que ele tome enquanto você não chega.

3. Se organize.
Tente não contratar alguém tão próximo da data que você retornará ao trabalho. Isso é muito importante para que seu filho não estranhe. Além disso, é importante que você conviva com a babá para ter certeza que ela é a pessoa ideal para cuidar do seu filho.

4. Converse com o seu filho, mesmo achando que ele não vai entender nada, pois, esse diálogo vai ser importante para que você mesma se acostume com a ideia de distância.

5. Tenha em mente que se sentir culpada é inevitável. Por essa razão, tente pensar no seu lado profissional, relembrar seus planos e procurar oportunidades de aperfeiçoamento, isso vai lhe fazer bem.

6. E lembre-se que a lei permite que toda lactante tenha o direito de fazer duas pausas de 30 minutos para que possa amamentar, sendo que este tempo pode ser negociado em uma hora e escolhido pela mãe.

Por hora, foi isso que minha experiência me permitiu perceber, mas vamos continuar trocando figurinhas. Afinal, a maternidade é uma aventura cheia de grandes surpresas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Crianças Terceirizadas

Crianças terceirizadas!
recebi um link de um vídeo com esse nome, não entendi nada, mas resolvi assistir quando soube que era do Dr. Pediatra José Martins Filho, super renomado! Resultado: adorei o vídeo, assisti com meu marido e nos levou a refletir sobre muitas coisas importantes, espero que vocês gostem!


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Amamentação parte II - finalmente nos acertamos!



Está difícil encontrar um tempinho para atualizar o blog, são tantas coisas para contar... mas vamos por parte. Preciso compartilhar uma vitória: finalmente Dimitri pegou o peito, e pegou de jeito! Tão de jeito que meus pobres seios estão tão sensíveis, rosados... quase ferindo... mas isso passa. Eu sei!
Já contei que todo mundo dizia que eu estava fazendo tudo errado por dar a chuca para o meu filho com o leite do peito, mesmo assim, segui meus instintos... e deu certo.
O bebê sempre acorda desesperado de fome, na verdade, a fome acorda ele. Eu tentava colocar no peito e nada, ele chorava, se contorcia e eu me sentia horrível, daí lembrei do que uma enfermeira disse na maternidade, que o importante era acalmar o bebê para que a amamentação não se tornasse uma coisa ruim pra ele. Então resolvi dar um pouquinho de leite na chuquinha e depois o colocava no peito e assim ele pegava, passava cerca de 15 minutos mamando e depois dormia; depois resolvi colocá-lo para mamar antes que ele ficasse desesperado de fome, marcava o horário que ele costumava acordar pra mamar e o pegava quando ele começava a choramingar para acordar, assim eu o colocava logo no peito e quando ele despertava de fato,  já estava mamando, ai só aumentava a força da sucção.
Hoje Dimitri já não usa a chuca, só mama no peito e se alguém tentar empurrar a chuca ele não aceita, estranha.
Em relação a amamentação, aprendi que cada caso é um caso, que nem todo bebê é igual, eles podem mamar em intervalos diferentes, quantidades diferentes e de modos diferentes, a grande sacada é a mãe e filho se adaptarem um ao outro, conseguirem, entrar em um consenso. Não ligue para criticas maldosas e para as dezenas de pessoas conhecidas e desconhecidas que simplesmente resolvem opinar sobre sua vida. Mais uma vez: confie em si mesma!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Como acalmar o bebê

Quando chegamos do hospital começou meu desespero. Eu tinha medo do bebê ficar muito tempo acordado, chorando, com dor e coisas do tipo, me desesperava o fato de não saber o que fazer.
Meu bebê é muito bonzinho, mas com o correr do tempo, os bebês vão mudando o comportamento, criando novas necessidades, além disso, a participação de outras pessoas nos cuidados com o bebê, pode, algumas vezes, interferir na criação de uma rotina.
Com três semanas comecei a ficar sozinha em casa com o bebê, deu medo, mas dei conta. Realmente, depois de um tempo você passa a conhecer seu filho, entender seus gestos e choros, porém, há horas em que não se sabe o que fazer... pensando nisso, procurei um vídeo para ajudar, espero que funcione com vocês.






terça-feira, 31 de julho de 2012

Amamentação


Durante minha gravidez nunca me preocupei muito com a questão da AMAMENTAÇÃO. Fiz alguns exercícios para o bico do seio (pois o meu é semi plano), peguei sol e tomei outros cuidados... pensei que assim que o bebê nascesse viria para os meus braços, pegaria meus seios e mamaria e assim, seríamos felizes para sempre... engano meu!
As primeiras horas do Dimitri foram uma maravilha. Ele nasceu às 6:06hs de uma manhã de uma segunda-feira, tomou um pouco do colostro e dormiu maravilhosamente bem. Durante a madrugada começou nossa briga. O menino acordou gritando de fome, eu tentava colocar no seio e o garoto não queria conversa, a barriguinha dele roncava e eu chorava, me sentia uma inútil. Chamaram a pediatra que conversou comigo e me disse que eu poderia dar o NAN como complemento. Me senti horrível, não fazia parte dos meus planos dar NAN pro meu filho... resisti... até a volta pra casa!
Já em casa as coisas só pioravam, Dimitri chorava demais e eu não sabia porque. Minha mãe disse que era gases, cólica sei lá, fez um chá de erva doce que eu não quis dar... na madrugada o garoto não parava de chorar, ficou roco e eu me sentia péssima. Pensei que fosse entrar em depressão pós-parto. Ainda na madrugada, peguei o garoto no colo e dei a chuquinha com o chá, o menino tomou tudo com tanta vontade e percebi que era fome.
Enfim amanhaceu, Dimitri dormia cansado de tanto chorar. Pedi ao meu marido que comprasse o NAN e dei os 30 ml que a pediatra havia falado, nossa, pela primeira vez após o parto eu me senti bem. Dimitri tomou o leite, depois fez xixi e a caca e já mais calmo pegou o peito, ai minha felicidade só aumentou.
Daí por diante comecei a fazer isso, todo mundo dizia que eu estava fazendo tudo errado, tudo pelo contrário e tal, eu ficava mal, chorava até que resolvi não ligar para o que os outros diziam, foi a decisão mais sábia que eu tomei.
Pois bem, a primeira coisa que resolvi foi: não deixar meu filho passar fome! Sim, porque esse foi um dos primeiros conselhos que recebi, deixar ele com fome até pegar o peito! Depois resolvi me entender do meu jeito com o meu filho. Ele acorda desesperado de fome, chora, grita, esperneia e não tem colo nem carinho que dê jeito, então ele acorda e eu dou o leite do peito na chuquinha, quando não em jeito dou 30 ml de NAN,ele se acalma  e eu o coloco no peito, ele suga, brinca e dorme.
Dimi está com 3 semanas e já engordou aproximadamente 1 quilo, é super saudável, adora um carinho e adora mamar.
Como eu sempre digo mamães, confie em si mesmas e tudo vai dar certo! Não importa o quanto você se esforce, sempre haverá alguém pra te dizer que estava errada!

domingo, 22 de julho de 2012

Relato do meu Parto


Meu parto estava marcado para o dia 13 de julho (uma sexta-feira,13). A opção por cesária, foi devido a um cisto no ovário, o qual acabou sendo removido no mesmo procedimento cirúrgico, conforme o previsto. Estava tudo planejado, inclusive o tal ritual que havia falado aqui no blog. Como o parto seria na sexta eu teria a semana inteira para me preparar física e psicologicamente, porém, no domingo, dia 8 de julho, aconteceram algumas coisas engraçadas, apesar de não planejarmos nada. Meu marido resolveu não ir trabalhar para ficar em casa, terminamos de arrumar o quarto do bebê, fiz uma faxina na casa e tiramos algumas fotos da barriga, conversamos bastante sobre o parto, o bebê e nossas expectativas.
Nessa noite caiu uma tempestade em Belém, lembro que fui me deitar cedo porque não me sentia bem, sentia um desconforto horrível, dor nas costas, pernas, minha barriga parecia que ia explodir... acho que consegui dormir por 10 minutos, depois levantei sentindo uma dor horrível nas costas, me faltava ar e eu tentava manter o controle... tomei remédio para a dor e ela só aumentava, tentei tomar um banho quente mas o mal estar já estava insuportável. 
Lembro que meu marido foi para a sala e me encontrou chorando me apoiando nas paredes e foi ele quem decidiu ir para o hospital, nessas horas nem passava pela minha cabeça que havia chegado a hora do bebê nascer. Saí de casa e tive uma crise de vômito antes de entrar no carro, depois fui gemendo a cada contração. Chegamos à maternidade às 2 da manhã, fui internada com 4 cm de dilatação, mas sabia que teria que esperar pela cesária e isso que me deixava mais triste, ter tudo acontecendo perfeitamente para ter um parto normal e ter que optar pela cesária, mas resolvi não me desanimar por causa disso.
A cirurgia começou poucos minutos antes das 6 da manhã. Eu já havia lido muito sobre o parto cesariano, mas descobri que na hora H a gente nunca está preparado de fato. Fiquei tentando conter o nervosismo, pensar coisas boas, pensar no bebê... não senti dor na hora de colocar o soro, mas senti um pouco a anestesia, não doeu, mas senti uma pressão desconfortável. Deitei e o procedimento começou, eu odiei a sensação de corta, puxa e repuxa, fora a sensação horrível de estar grogue. 
Finalmente meu marido entrou na sala, a médica encrencou com ele o tempo inteiro, mas já esperávamos por isso, acho que ela é fã do Dr. House... ele me olhou, sorriu e ouvimos a bolsa ser estourada. A pediatra perguntou pela câmera e dissemos que optamos por não filmar nada, só curtir nós dois aquele momento, sem nos preocuparmos com câmera, celular e coisas do tipo, e assim aconteceu...
Lembro que coloquei todas as minhas forças para conseguir gravar o máximo possível aquele momento. A médica disse: "olha que garotão!" Eu eu vi o Dimitri na minha direção, todo branco com o vérnix e berrando, o colocaram no meu colo e depois cortaram o cordão. Meu marido me disse no ouvido: "Ele é lindo" e me beijou.
Levaram o Dimitri para pesar, medir e etc, meu marido foi junto e eu fiquei para continuar o procedimento para a retirada do cisto... Depois que sai da sala de cirurgia comecei a sentir algumas das coisas que á havia lido sobre o pós-cesariana, tontura e tremedeira, mas com eu já havia lido que isso era normal, fiquei tranquila.
Voltei para a enfermaria à 7:30 da manhã, dormi um pouco e minha mãe ficava tentando colocar o bebê para mamar, era horrível porque o neném estava com fome e a minha posição não ajudava muito. Eu ficava tentando me movimentar um pouco, até que aos poucos eu já conseguia ficar quase sentada. Na hora da visita, às 17hs, eu já estava sentada na cama amamentando o bebê, no fim da visita eu pedi para tonar um banho, as outras mães me olharam assustadas, mas eu queria melhorar o mais rápido possível, pois não suporto ficar em hospital. A enfermeira me tirou a sonda, eu levantei, caminhei bem devagar e tomei um banho morno, parece que eu melhorei 80%. 
No dia seguinte, às 15hs minha médica se surpreendeu quando passou para ver as pacientes e me viu sentada na cama, toda arrumada, maquiada e com o bebê nos braços mamando, conversamos e ela me deu alta.
A volta pra casa foi meio estranha, eu entrei em crise, medo de não saber cuidar do bebê, de não conseguir retomar minha rotina... enfim... esse é assunto para outro post.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ritual de Despedida da Barriga


A descoberta da minha gravidez foi um pouco estranha. Poucos meses antes eu havia descoberto um cisto dermoide no ovário direito e infelizmente, esse tipo de cisto só desaparece por meio de procedimento cirúrgico. Pois bem, comecei os exames pré-operatórios, fiz todos e na última ultrassom o médico disse que eu não ia poder fazer a cirurgia porque eu estava grávida de 5 semanas. Imaginem o susto!
Pois bem, por essa razão, minha médica marcou a cesária, assim o bebê nasce e ela aproveita para tirar o ovário direito, sim, o ovário porque meu cisto está enorme. Lembro que antes de engravidar meu ovário estava maior que meu útero...
Durante a gravidez eu me viciei em ler relatos de parto. Sempre achei um máximo o parto normal, a dúvida, a evolução e felicidade naquela dor tão forte e tão mágica ao mesmo tempo... de fato Um Ritual. A mulher evolui com seu trabalho de parto, chora, sorri, reza até que chega o grande momento da saída do bebê, eu sonhava com isso. Porém, em conversa com meu marido e minha ginecologista também precisei pensar: e se eu voltar para fazer a cirurgia depois? Quem vai cuidar de mim, do meu bebê e da minha casa? Então resolvi aceitar e fazer a cirurgia pra tentar resolver logo esse problema. Mas, como fica o tal ritual, o momento mágico, os estágios de aceitação de que tudo aquilo é real?
Uma das melhores coisas que a gravidez me ensinou foi: aceite o que a vida te dá e alegre-se com o presente! Então, resolvi não entrar em crise e planejar um ritual de despedida da barriga e preparação para a chegada do bebê. Tenho conversado com meu marido e planejamos o seguinte no dia anterior ao parto:

1. Primeiro de tudo. Pense positivo e tudo dará certo!

2. Converse com seu parceiro (se tiver outros filhos, inclua-os), diga o quanto está feliz; agradeça tudo o que ele fez por você; desabafe suas dúvidas, seus medos; chore; limpe sua mente e abrace.

3. Prepare o ambiente. Acenda um incenso, espalhe algumas flores e deixe tocar uma boa música.

4. Prepare um comidinha leve e gostosa, um suco diferente para acompanhar.

5. Relaxem e conversem com bebê. Digam o quanto ele é amado e aguardado. Digam que estão felizes com a chegada dele e que ele trará luz para suas vidas.

6. Aproveitem para revisar a malinha do bebê para ver se falta algo, deixe o pai participar bastante disso (pois, a maioria das mães costumam cuidar dessa parte sozinhas), deixe algo para seu marido arrumar enquanto vocês estiverem no hospital, por exemplo, colocar um quadro no quarto do bebê, arrumar a abajur, ou o berço, ou mosquiteiro, sei lá, pense em alguma coisa para que ele possa curtir um momento sozinho com as coisas do bebê e refletir sobre as mudanças e responsabilidades.

7. Por fim, tente tomar um chazinho para ajudar seu sono, pois você estará ansiosa demais e talvez tenha dificuldades para dormir, peça uma massagem pro maridão e tentem dormir abraçadinhos e em paz.

Espero conseguir fazer tudo isso. Se vocês tiverem mais ideias, podem compartilhar.
Até mais!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Cesária, uma questão política e de saúde pública!



Quando engravidei comecei a ser bombardeada por uma série de informações, principalmente na internet e na família. Uns militando pelo parto normal e natural, outras pela cesária e a assim começou a guerra. Sim, guerra! Porque eu tive contato com tantas colocações infelizes, frases duras e histórias trágicas que as pessoas ao meu redor começaram a fazer uma guerra sobre a forma eu vou parir, eu não me meti na história, não coloquei meus soldados em campo porque eu sempre soube que no fundo as coisas iriam se ajeitar ao meu favor de uma maneira ou de outra.
Comecei a ler relatos de parto, conversar com amigas que já haviam passado pela experiência e fiquei triste ao constatar que aquelas que mais planejaram seu parto ficaram extremamente frustada porque não conseguiram ter o parto que tanto sonharam, por isso, resolvi me preparar para o que der e vier, tanto faz se meu filho nascer de parto normal ou cesária só quero que ele venha com muita saúde, é tudo o que peço.
Nestes dias, acompanhando tantas discussões e passeatas sobre o direito de ter parto em casa, fiquei pensando que muitas de nós, gestantes, ainda não temos nem o direito de ter um parto do jeito que queremos, com atendimento de qualidade, em hospitais de qualidade e, principalmente, com respeito. 
As diretrizes propostas pela OMS não são respeitadas e muitos médicos nem fazem questão de ler, aliás, estes são outros coitados que trabalham em hospitais, muitas vezes, sem o mínimo de estrutura e salários dignos para exercer sua profissão. E por aí vai uma série de problemas que caracterizam falhas na gestão pública, falhas de investimento em saúde e educação de qualidade. 
Em conversa com uma prima médica, perguntei: Por que tantas cesárias? Ela ela respondeu simples e claramente: "Não há tempo para esperar que o TP evolua completamente, em uma maternidade pública, 8 horas de trabalho de parto em uma única paciente é tempo suficiente para que chegue mais 10 na sala de espera". É uma questão tão obvia, mas que só interessa de fato a quem utiliza o serviço...
Além disso, atualmente existe uma preferência por parte das mulheres e realizarem o parto cesário, principalmente por causa da dor e pela facilidade de poder "preparar" melhor as coisas para a chegada do bebê, enfim eu não quero entrar no mérito do porquê mulheres escolhem este tipo de parto, porém fico extremamente aborrecida quando mulheres que optam pela cesária precisam ouvir que são mães desnaturadas, que serão menos mães por causa disso e coisas do tipo. Mas alguém já viu alguma propaganda ou programa de educação em prol dos benefícios do parto normal?
Infelizmente a sociedade está em um grau onde a vida é cronometrada no relógio e planejada na agenda. E isso explica muita coisa! Uma grávida que trabalha 8 horas por dia não tem muito tempo para curtir a gestação; próximo do parto ela tenta trabalhar o maior número de dias possíveis para que sobre um pouco mais da licença maternidade para ficar com seu filho; depois disso ela tem que correr atrás de uma babá de confiança ou ter a sorte de encontrar uma boa creche para deixar seu pequeno e ainda por cima tem que ouvir reclamações todas as vezes que precisa se ausentar do trabalho porque o filho não estava se sentido bem. Resumindo, não temos muito tempo pra ser mãe, pra curtir a gravidez e a maternidade, para acompanhar as descobertas do filho e ainda assim, sem tempo, preparar filhos melhores para um mundo caótico.
Acho que antes de julgar as escolhas das pessoas, é necessário analisar a  realidade que levam à construção destas. Ao invés de julgar mães, não seria mais fácil cobrar politicas e ações do Estado?
1. Deveria existir um programa de educação para o parto esclarecendo as mulheres sobre os tipos de parto, seus benefícios e consequências. E isso deveria ser algo rotineiro nos meios de comunicação, acredito que uma medida como essa ia fazer com que muitos adolescentes pensassem duas vezes a respeito do uso da camisinha.
2. Já que se reclama tanto sobre super lotação em hospitais onde médicos são levados a realizar cesárias, por que não disseminar casas de parto pelo país? Porque não formar profissionais que auxiliem mulheres a terem o parto na sua residência?
3. Por que não aumentar  os direito das grávidas e das mães? Fando com que elas tenham mais tempo para se informar sobre a gravidez e cuidados com os bebês?
4. Por que não exigir que as empresas liberem as grávidas para que participem de cursos de gestantes junto com seus maridos?
5. Por que não construir mais creches ou pelo menos cobrir os custos que os pais têm ao colocarem seus filhos em creches?
Acredito que uma das bases do que chamam de qualidade de vida está na família. Está em filhos com mães e pais!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

CONFIE



Confie em si mesma! Frase que uma amiga me disse e eu aceitei com o coração tão aberto que todas as preocupações na minha gestação passaram a ser vistas de forma diferente.
Grávida é um bicho preocupado! Pelo menos eu mudei completamente desde o momento que descobri a gravidez. Entrei uma pessoas no consultório médico e saí outra, resolvi comer coisas saudáveis, não beber, não deixar ninguém fumar perto de mim, afastar pessoas que não contribuíam em nada para o meu engrandecimento como pessoa, como mãe... A parte ruim é que desde que descobri a gravidez não consegui mais trabalho, e como estudante, bolsista de pequisa que não tem direito a nada nesse país, meu marido teve que segurar as pontas, ou melhor, as contas. Isso se uniu aos hormônios e comecei a me sentir inútil, mas como odeio gente que tem pena de si mesmo, resolvi sacudir a poeira e pesquisar sobre o que era mais importante agora: a gestação. Passei a gostar tanto que comecei a cogitar a possibilidade de fazer medicina, mas isso é outro assunto... voltando para o CONFIE EM SI MESMA.
Com 23 semanas de gestação, decidida a agarrar a oportunidade de doutorado fora do Brasil, resolvi aceitar a iniciar o trabalho de campo. Nossa, foi uma viagem extremamente cansativa, com poucos recursos e resultados desastrosos: mágoas, indisposição e início de trabalho de parto prematuro! Isso foi o bastante pra minha ficha cair.
3 dias do retorno da viagem comecei a sentir uma dorzinha nas costas que aumentaram em segundos, na hora percebi que não era normal, já havia lido sobre isso em algumas matérias sobre trabalho de parto, mas foi o tempo de perceber que a dor não era normal que a primeira contração dolorida se apresenta, não aquela contração de treinamento que provoca mal estar, mas uma contração tão dolorosa que não pude evitar alguns gritos e lágrimas de desespero. Lembro que eu rezei chorando dizendo: Deus, não deixa eu perder meu filho! Lembro que tive mais 2 contrações como essa antes de ir para o hospital. Quando lá cheguei, fiz exames, toque, USG e etc... resultado: 2cm de dilatação, contrações e infecção urinária.
Pronto! Pensei que toda felicidade poderia acabar, que meu filho não sobreviveria e que eu não suportaria ficar sem ele e coisas que toda mãe pode pensar nessa situação. O médico me deu alguns medicamentos, receitou dactil e repouso absoluto, tudo certo, porém, meu estado psicológico estava abalado. Eu não conseguia pensar em outra coisa, vivia triste, preocupada, me sentindo menos mulher... e pra piorar, cólicas todos os dias, contrações indolores, dor de cabeça, fiquei me acabando, chorava...
Ai, conversando com uma amiga ela disse: "Tome as rédias da situação! Confie em si mesma, no seu corpo, no seu filho! Pense positivo que coisas positivas virão!" Foi o que resolvi fazer! Com 30 semanas resolvi parar de tomar o remédio, comecei uma dieta com bastante frutas, sucos, vitaminas; exercícios para relaxar corpo e mente; fazer poucas tarefas e com muita calma; cozinha com muito amor como se fosse uma terapia; converso muito com meu bebê, peço pra ele segurar mais um pouquinho, aproveitar o conforto da barriguinha da mamãe, e deixo claro que se ele quiser vir que venha a hora que achar melhor, na hora que se sentir preparado, pois nós estamos aguardando por ele, ele será bem vindo!
É incrível como a gente preparando a mente o corpo também se prepara. Estou com um pouco mais de 1 mês sem tomar nenhum tipo de medicação, meu bebê está caminhando para 35 semanas, reta final, está super saudável, com 2.600kg e sabe que é amado!
Mamães, não estou dizendo pra não tomarem medicamentos e deixar de seguir as recomendações médicas, muito pelo contrário! É necessário informação e confiança, é necessário trabalhar a cabeça e o corpo, pois isso ajudar a mãe a sentir-se mais feliz, com toda certeza o bebê nascerá mais sereno, calmo e relaxado. Além disso, uma mãe feliz e equilibrada durante a gestação tem menores chances de desenvolver problemas após o parto, principalmente, depressão.
Então, CONFIE EM SI MESMA!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Peso na Gravidez

Bem, chegamos a 34 semanas! Bebê super saudável, com 2,550 gramas e mamãe ganhou até hoje apenas 5 quilinhos. Como assim? Só 5 quilos? Sim, apenas 5 quilos e sem grandes preocupações com peso, estrias, celulites e coisas do tipo. Na verdade, nunca me senti tão bonita.
Então, qual o segredo? Informação!
Geralmente, a ideia que se tem de mulher grávida é aquela de gordinha, cheia de estrias, comilona e dorminhoca. Antes de engravidar acompanhei a gravidez de muitas mulheres, principalmente da família e amigas próximas e era incrível a diferença física entre elas. E, geralmente, as mudanças físicas acompanhavam a rotina alimentar e emocional de cada uma.
Tem gente que diz que engordar 20 quilos e se encher de estrias é algo intrínseco da gravidez. Não, isso não é verdade. Não é só porque você está grávida que você irá comer tudo o que vê pela frente e depois que o bebê nascer ainda dizer que a gravidez deformou seu corpo. Com informação e disciplina você fica uma grávida bonita e se transforma em uma mão lindona.
Bem, como já disse, estou no fim da gestação, engordei apenas 5 quilos e meu bebê está na medida certa, inclusive, com percentil alto.
Quando eu descobri a gravidez procurei me informar o máximo possível! Comecei a acompanhar o crescimento semanal do bebê e ai compreendi que no primeiro trimestre o bebê está em formação, ou seja, é nesse momento que os órgãos são criados, as perninhas, mãozinhas, dedinhos... ou seja, ele não engorda demais e por isso a mãe não tem necessidade de engordar vários quilos. Aliás, é até comum que algumas mulheres percam peso por causa do enjoos. Eu perdi 4 quilos no primeiro trimestre, como não conseguia me alimentar direito eu exagerava no suco, o de laranja principalmente, e iogurte.
Depois do primeiro trimestre a fome começou, nada desesperador, mas tinha vontade de comer mais que o de costume, teria todas as desculpas do mundo pra me fartar de biscoitos, pães, salgadinhos, frituras e coisas do tipo, mas abasteci minha geladeira com frutas, muitas frutas e bem diferenciadas. Quando a fome vinha eu comia uma maçã, ou chupava uma laranja, ou tomava um iogurte, quando isso não resolvia eu fazia um queijo quente e tomava com suco de laranja e ficava satisfeita.
Nas refeições eu exagerava nas saladas. Para não enjoar eu aprendi várias receitas que ficavam tão boas que muitas vezes meu marido e eu nos satisfazíamos em comer apenas a salada.
Nunca passei fome, sempre comi quando sentia vontade e acho que esse é o segredo: comer coisas saudáveis, saber diferenciar a fome da gula, encher a geladeira com coisas que se deve comer para não dar espaço para bobagens que podem elevar seu colesterol, triglicerídios e ocasionar uma diabete gestacional.
Lembre-se: todas as grávidas sentem fome e refletir sobre o que é mais saudável para comer pode fazer muita diferença pra sua saúde e para a saúde do seu bebê. 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Você é Linda

Meninas, um amigo postou esse vídeo no meu facebook. eu não conhecia essa música, mas pra quem está grávida, é simplesmente perfeita! Assistam "Você é linda" de Roberto Carlos.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Coisas que só se aprende na gravidez

A gravidez me fez:
rever meus conceitos;
rever minhas prioridades;
aprender que alguns amigos se afastam
e que pessoas maravilhosas se aproximam;
A gravidez me fez:
compreender meus pais;
amar mais do que nunca a minha mãe;
compreender a razão de tantos "nãos" que precisei ouvir durante a vida;
tentar ser alguém melhor, não financeiramente, mas em caráter,
aprender a dar mais valor a carinho do que a dinheiro;
aprender a dar valor à família;
e compreender que até as coisas ruins acontecem por alguma razão.
A gravidez me fez crescer!
tentar não perder tempo com coisas fúteis;
me afastar de coisas e pessoas que não contribuíam positivamente para a minha vida;
ser forte, ter coragem e se sentir capaz de fazer qualquer coisa pra que outra pessoa possa ser feliz.
A gravidez me ensinou a ter fé;
me ensinou que o tempo passa rápido demais;
que coisas tão simples podem me fazer tão feliz;
e que nunca é tarde para começar algo novo ou reformular tudo o que é antigo.
A gravidez me ensinou a dar e receber carinho;
a ter paciência;
a entender que amar é saber dizer sim e não;
a aceitar que a vida te deu uma nova vida pra cuidar;
A gravidez me ensinou o que amar incondicionalmente;
a sorrir a cada chute, cambalhota e movimentos que me causam dor, mas que demonstram vida;
a amar alguém mais que a si próprio, mesmo sabendo que talvez você não consiga ser amado da mesma forma.
A gravidez me ensinou a querer fazer sempre o melhor;
sentir tudo mais intensamente;
é doar a vida à alguém mesmo sabendo que um dia ele vai sair de casa.
A gravidez me ensinou que gerar um filho muitas mulheres podem fazer,
mas que ser mãe de verdade, amar e cuidar não é toda mulher que consegue ser.
Porque ser mãe é ter um coração que não bate só pra si, mas por seu filho, sorrindo com seus sorrisos e partindo com suas dores.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Numerologia

Escolher o nome do bebê é uma das coisas mais legais da gravidez, aproxima o papai e a mamãe e afasta gente inconveniente...rsrs.
meu marido e eu sempre pensávamos no nome do nosso baby, quando engravidei começamos a levar o caso a sério e escolhemos um nome meio incomum mas que nos apaixonamos: Dimitri. E como eu sempre fui muito ligada a esses lances de horóscopo e numerologia fui correndo pesquisar sobre essas coisas. Primeiro, pensamos que o bebê iria nascer do signo de leão, então pensamos em um nome mais sereno, depois percebemos que as datas levariam ao signino de câncer então colocamos um segundo nome forte: Leon.
Para quem quiser pesquisar a numerologia do nome do seu bebê, um bom site é: http://bebe.abril.com.br/numerologia

A pesquisa sobre a numerologia do nome resultou no seguinte:


5

Identifica o propósito na vida

O aventureiro. O destino do seu bebê é realizar mudanças. Esteja preparada para isso desde o início. Já quando chegar ao seu colo, embora venha todo embrulhadinho, observe que ele logo colocará as mãozinhas para fora. Como ele se movimenta muito, redobre a atenção.
Esse bebê também não é do tipo que fica no colo por muito tempo. E você vai precisar de fôlego para acompanhá-lo. Chame a sua atenção por meio de brinquedos, livros bonitos, coisas coloridas. Por alguns instantes, isso terá resultado.





As pessoas mais velhas podem ficar nervosas por não saber o que fazer para controlar tanta energia. Em vez de reprimir, o mais indicado é ensinar que, com calma, seu bebê aproveitará mais o que estiver acontecendo.


PERSONALIDADE
9

Descreve como ele se comporta e se expressa no mundo

Bem-humorada e alegre, essa criança esbanja magnetismo pessoal, o que a torna única. Todos se encantarão com ela, que viverá cercada de pessoas. Sua habilidade para trabalhar em grupo fará dessa criança um líder democrático, pois estará sempre aberta a ouvir a opinião dos demais.
Idealista, caberá a você ensiná-la a encontrar uma forma prática de exercer as suas ideias e a não gastar toda a sua energia assumindo uma série de compromissos ao mesmo tempo.
Desde cedo, você notará a facilidade de aprendizado desse bebê e logo perceberá que ele se envolve apenas nas atividades que lhe despertam interesse e encontra como ninguém uma saída criativa para os problemas do dia-a-dia.

ALMA
5

Revela os sentimentos, nem sempre percebidos pelas outras pessoas

Lembre que seu bebê é muito comunicativo e espontâneo. Por isso, quando chegar a hora, escolha bem o sistema de ensino para ele - os muito rígidos podem tolher a sua liberdade e criatividade. Sua curiosidade é imediata e, versátil, é capaz de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Mais crescidinho, seu filhote vai, por exemplo, estudar ouvindo música e tudo vai dar certo. Um problema é a impulsividade. Uma solução é que ele se adapta rápido. Ou seja, não vai demorar muito para perceber que o impulso está longe de ser o melhor conselheiro. Logo irá perceber que não adianta jogar os brinquedos que não funcionam no chão, por exemplo.

Já estou apaixonada por esse gatinho!!!




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Tabela do Percentil



Qual grávida nunca pegou os valores do resultado da ultrassom e foi comprar com o de outras mães? Ou simplesmente não foi pesquisar na internet pra ver se estava tudo normal? Poucas, tá bom... raras.
Pois então, peguei o resultado do meu último usg e fui comparar os valores na internet, encontrei uma calculadora super interessante de percentil, ou seja, uma tabela que mostra se os valores de tamanho do seu bebê está dentro da média, ou para mais ou para menos.
O site é da bibliomed e o link da calculadora é o seguinte:

http://www.bibliomed.com.br/calculadoras/percentil/index.cfm

Divirtam-se!